A mediados de 1995, en la ciudad de Buenos Aires, se creó el Centro Humboldt. Es decir que hemos cumplido dos décadas de vida, dos décadas de recorrido, dos décadas de actividad ininterrumpida. Y al cabo de estos dos decenios se han acumulado un conjunto de realizaciones.
Atrás acaba de quedar, en el mes de septiembre, en Pirenópolis, Goiás, el XVII Encuentro Internacional Humboldt, una de las actividades señeras de nuestro Centro de Estudios. Esta cita llevó precisamente por lema el de "Veinte años", asociándose a dicha conmemoración.
Dos decenios es mucho tiempo, tanto como para aseverar que los contextos de uno y otro extremo son, a la vista, diferentes. El Centro Humboldt llegó en pleno momento de dominación conservadora, sujeto a la subjetividad impuesta por la "Caída del Muro", que se vivió en la región como la subordinación taxativa al "Consenso de Washington". Junto con él, la geografía vivió su propio repliegue conservador, que quebró, definitivamente, la impronta radical de los setenta.
Pero la segunda mitad de los noventa fue testigo de cambios que prologaron una temprana reacción a aquél contexto regresivo, y que adoptó en América Latina una de las formas más nítidas de aquella respuesta. En gran medida fue América del Sur la protagonista excepcional de ese giro, tanto como para convertirla, hasta cierto punto, en una opción ideológica para el progresismo del Primer Mundo. El Centro Humboldt fue una expresión consciente de aquellos cambios de los noventa contra los "noventa".
Hoy, con casi dos décadas transcurridas, también se observa un agotamiento de aquella etapa abierta por la pionera experiencia venezolana. Asistimos, como en aquellos tiempos, a un nuevo viraje de conjunto de la región que no dejará de arrojar consecuencias de todo tipo. Incluso, claro, para el desarrollo de nuestra disciplina. Tenemos por delante una tarea lógicamente inconclusa, inacabada: vertebrar una expresión colectiva que sea capaz de lidiar, activamente, con el movimiento real.
Por los tiempos por venir,
Buenos Aires (Argentina) / Ribeirão Preto (Brasil), deciembre de 2015.
Omar Horacio Gejo
Director
Elias Antonio Vieira
Director Adjunto
VINTE ANOS
Por volta do meio do ano de 1995, na cidade de Buenos Aires, Argentina, criou-se o Centro Humboldt. Significa que cumprimos duas décadas de vida, duas décadas de caminhada, duas décadas de atividade ininterrupta. E ao final desses dois decênios se acumulou um conjunto de realizações.
Acabou-se de passar, no mês de setembro, em Pirenópolis, Goiás, o XVII Encontro Internacional Humboldt, uma das incomparáveis atividades de nosso Centro de Estudos. Este compromisso teve como lema precisamente os “Vinte Anos”, associando-se à dita comemoração.
Dois decênios é muito tempo, tanto como para asseverar que os contextos de um e outro extremo são, claramente, diferentes. O Centro Humboldt chegou a pleno momento de dominação conservadora, sujeito à subjetividade imposta pela “Queda do Muro”, que se vivenciou regionalmente como a subordinação taxativa ao “Consenso de Washington”. Junto a ele, a Geografia viveu sua própria reviravolta conservadora que quebrou, definitivamente, a impressão radical dos anos setenta.
Mas a segunda metade dos anos noventa foi testemunha de mudanças que prolongaram uma antecipada reação àquele contexto regressivo e que adotou na América Latina uma das formas mais nítidas daquela resposta. Em grande medida foi a América do Sul a protagonista excepcional dessa volta, tanto como para convertê-la, até certo ponto, em uma opção ideológica para as correntes progressistas do Primeiro Mundo. O Centro Humboldt foi uma expressão consciente daquelas mudanças dos noventa contra os “noventa”.
Hoje, com quase duas décadas transcorridas, também se observa um esgotamento daquela etapa aberta pela pioneira experiência venezuelana. Assistimos, como naqueles tempos, a um novo turno de conjunto regional que não deixará de lançar consequências de todo tipo. Inclusive, claro, para o desenvolvimento de nossa disciplina. Temos à frente uma tarefa logicamente inconclusa, inacabada: estruturar uma expressão coletiva que seja capaz de combater, ativamente, com o movimento concreto.
Pelos tempos por vir,
Buenos Aires (Argentina) / Ribeirão Preto (Brasil), dezembro de 2015.
Omar Horacio Gejo
Diretor
Elias Antonio Vieira
Diretor Adjunto
GEJO, Omar Horacio; VIEIRA, Elias Antonio. Editorial: veinte años / vinte anos. Meridiano: Revista de Geografía, Buenos Aires: Centro Humboldt, n. 4, p. 5-7, dez. 2015.
GEJO, Omar Horacio; VIEIRA, Elias Antonio. Editorial: veinte años / vinte anos. Meridiano: Revista de Geografía, Buenos Aires: Centro Humboldt, n. 4, p. 5-7, dez. 2015.
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