Ir al contenido principal

EDITORIAL - EL REGRESO DE MERIDIANO / O REGRESSO DE MERIDIANO | Omar Horacio Gejo y Elias Antonio Vieira

Hace casi dos décadas atrás, al comienzo del camino del Centro Humboldt (CeHu), fuimos protagonistas de una experiencia editorial, Meridiano – Revista de Geografía, que durante un lustro arropó esos primeros tiempos de nuestra organización. Fue aquel un momento muy particular. A la precocidad de esa experiencia la acompañó un gran esfuerzo para extenderla como un canal comunicativo privilegiado de la constitución y construcción del CeHu. En ese primer recorrido, esos primeros cinco años empalman con el lanzamiento de los Encuentros Humboldt (EnHu). No fue una casualidad la discontinuidad de esa experiencia editorial a fines de la década del noventa, fue una expresión material de la necesidad en aquel momento de distraer esfuerzos en el desarrollo de la propia organización. Cabe agregar que aquella primera versión de Meridiano no fue considerada una simple experiencia editorial; fue, ante todo, una expresión editorial enmarcada, subordinada al desarrollo político del Centro Humboldt. De allí, en gran medida, que su agotamiento haya sido fruto, ante todo, de circunstancias relativamente ajenas a la saga editorial. Para ser más preciso, la revista permitió empalmar el nacimiento del Centro Humboldt con el despunte de una segunda fase en el proceso de su construcción.
 A más de un decenio del fin de aquella Meridiano – una revista de papel, de limitado desarrollo por las propias condiciones materiales que la signaban – el Centro Humboldt reedita esa experiencia, prohijada ahora por las nuevas circunstancias que nos han poco menos que impuesto nuevamente esta tarea como una actividad central en el desarrollo de la organización. En principio, la nueva Meridiano es producto de una  reconfiguración del CeHu. Es que tras su recorrido el Centro se ha hecho más complejo. Mientras que aquella primera experiencia se alojaba decisivamente en Buenos Aires, su sucesora se ampara en un esfuerzo conjunto argentino-brasileño: Buenos Aires, Ribeirão Preto y Brasília son postas de un camino mucho más extenso que el de la anterior.
Al mismo tiempo, ese engranaje binacional de la revista hoy expresa también el ingreso de una nueva generación. Una generación que no estuvo en los momentos de la creación del Centro Humboldt. En este sentido, esta Meridiano es una expresión misma de la renovación del Centro en el tiempo. Será una experiencia distinta a aquella originaria. Ajustada a su tiempo, la actual es una versión digital. Pero, además, constituye un esfuerzo vital del CeHu por posicionarse activamente en la “batalla de ideas” de la época que vivimos. Y no es un hecho fortuito, entonces, que su reaparición sea coetánea al XIV EnHu, el de “La hora de la ‘desglobalización’”. Meridiano – Revista de Geografía, regresa para ser parte de la contraofensiva ideológica materialista para enfrentar al pensamiento establecido, ese que ha dominado a sus anchas las últimas tres décadas. Meridiano. Revista de Geografía, regresa hoy para servir de punto de apoyo para un reagrupamiento de la izquierda en Geografía. Con ánimos “setentistas”, en el contexto del agotamiento de la respuesta setentista sistémica; aupada en la marcha establecida en los EnHu, en batalla franca contra la ideología del imperialismo y sus diferentes proyecciones y prolongaciones institucionales y para-institucionales.
Le cabe al Centro Humboldt una responsabilidad de envergadura en esta etapa. Les cabe una gran responsabilidad también a los compañeros argentinos y brasileños en el desenvolvimiento de esta experiencia que, como aquella otra, no será un registro editorial aislado, sino que es una experiencia editorial en el marco de una lucha política de alcance internacional desde una circunstancia inédita como lo es la construcción de una organización sin anclajes institucionales estatales, es decir, como un simple producto de la libre asociación de individuos para conformar un sujeto colectivo de cara a participar en la lucha político-intelectual en un momento de movilizaciones que recorren la geografía planetaria.
A los compañeros del Centro nuestro agradecimiento por los esfuerzos hasta aquí empeñados. A los compañeros de ruta de nuestra experiencia, un fraternal saludo. Y nada más que decirles que nos encontraremos en el camino.

Buenos Aires (Argentina) / Ribeirão Preto (Brasil), octubre de 2012.

Omar Horacio Gejo
Director

Elias Antonio Vieira
Director Adjunto


O REGRESSO DE MERIDIANO


Há quase duas décadas, no começo da trajetória do Centro de Estudos Alexander von Humboldt (CeHu), fomos protagonistas da experiência editorial da Meridiano – Revista de Geografia, que durante cinco anos marcou os primeiros passos de nossa Organização. Esse foi um momento muito especial. A precocidade dessa experiência foi acompanhada de um grande esforço para torná-la um canal de comunicação privilegiado da construção do CeHu. Nesse trajeto, os primeiros anos combinam com o lançamento dos Encontros Humboldt (EnHu). Não ocorreu por acaso a descontinuidade desse experimento editorial no final dos anos noventa; constituiu uma expressão material da necessidade, naquele momento, de concentrar os esforços no desenvolvimento da própria organização. Cabe acrescentar que aquela primeira versão de Meridiano não foi considerada uma simples experiência editorial, mas especialmente uma expressão editorial enquadrada e subordinada ao desenvolvimento político do Centro Humboldt. A partir daí, em grande parte, o seu esgotamento resultou de circunstâncias relativamente alheias à saga editorial. Para ser mais preciso, a Revista permitiu integrar o nascimento do CeHu a uma segunda fase no processo de sua construção.
Decorrido mais de uma década do fim daquela Meridiano – uma revista em papel, de desenvolvimento limitado pelas próprias condições materiais que a marcavam – o Centro Humboldt reedita essa experiência, admitida agora pelas novas circunstâncias que nos têm imposto, do mesmo modo, esta tarefa, como atividade central no desenvolvimento da organização. Em princípio, a nova Meridiano é produto da reconfiguração do CeHu. É que depois desse período o Centro tornou-se mais complexo. Enquanto a primeira experiência ficava decisivamente em Buenos Aires, sua sucessora se fundamenta num esforço conjunto argentino-brasileiro: Buenos Aires, Brasília e Ribeirão Preto, que são partes de um caminho muito mais abrangente que o do anterior.
Ao mesmo tempo, essa engrenagem binacional da revista hoje expressa também a entrada de uma nova geração. Uma geração que não estava no momento da criação do Centro Humboldt. Neste sentido, esta Meridiano é a expressão mesma da renovação do Centro no tempo. Será uma experiência diferente da original. Ajustada ao seu tempo, a atual é uma versão digital. Mas também constitui um esforço vital do CeHu por posicionar-se ativamente na “batalha de ideias” da era em que vivemos. E não é um acidente, então, que seu reaparecimento seja contemporâneo ao XIV EnHu, sob o lema de “A hora da ‘Desglobalização’”. Meridiano – Revista de Geografia, regressa para ser parte da contra ofensiva ideológica materialista para enfrentar o pensamento estabelecido, esse que tem dominado ao largo das últimas três décadas. Meridiano – Revista de Geografia retorna hoje para servir como um ponto de apoio para um reagrupamento da esquerda em Geografia. Com ânimos “setentistas”, no contexto de esgotamento da resposta sistêmica setentista; erguida sobre a marca estabelecida nos EnHu em luta aberta contra a ideologia do imperialismo e suas várias projeções e extensões institucionais e para-institucionais.
Incumbe ao Centro de Estudos Alexander von Humboldt uma responsabilidade de envergadura nesta etapa. Cabe também uma enorme responsabilidade aos companheiros argentinos e brasileiros no desenvolvimento desta experiência que, como aquela outra, não será um registro editorial isolado, mas uma experiência editorial, como parte de uma luta política de alcance internacional a partir de uma circunstância sem precedentes, como é a construção de uma organização sem âncoras institucionais estatais, ou seja, como um simples produto da livre associação de pessoas para conformar um sujeito coletivo, a fim de participar na luta político-intelectual num momento de mobilizações que abrange a geografia planetária.
Aos companheiros do Centro nosso agradecimento pelos esforços até agora empenhados. Aos companheiros do decurso da nossa experiência, saudações fraternas. E nada mais que dizer-lhes, nos encontramos ao longo do caminho.

Buenos Aires (Argentina) / Ribeirão Preto (Brasil), outubro de 2012.

Omar Horacio Gejo
Director

Elias Antonio Vieira
Director Adjunto

GEJO, Omar Horacio; VIEIRA, Elias Antonio. Editorial: el regreso de Meridiano / o regresso de Meridiano. Meridiano: Revista de Geografía, Buenos Aires: Centro Humboldt, n. 1, p. 4-7, out. 2012.


Publicación más buscada

DE MARX A LÊNIN: a categoria de “formação econômico-social” | Emilio Sereni (tradução de Nathan Belcavello de Oliveira)

Trata-se de minucioso trabalho etimológico e elaborada pesquisa epistemológica sobre a categoria de formação econômico-social, desde sua origem conceitual na obra de Marx, perpassando, basicamente, por Lênin. Analisa e debate a (não) utilização do termo entre exponentes marxistas, bem como restaura sua importância chave, sobremodo na historiografia e sociologia, apresentando a concepção como fundamental dentro da dialética materialista histórica, alçando-a a categoria basilar enquanto unidade e totalidade da vida social com suas diversas esferas (econômica, social, política e cultural). Ou seja, síntese da relação entre a estrutura e da superestrutura no processo histórico. Debate fundamental, a nosso ver, para a contribuição de Milton Santos na Geografia. Palavras-chave: Formação Econômico-Social; Totalidade; Marx; Lênin; Materialismo Histórico. Abstract   It is thorough research etymological and epistemological on the category of social-economic formation, from its conceptual origin

EDITORIAL - GEOGRAFÍA Y CRISIS / GEOGRAFIA E CRISE | Omar Horacio Gejo y Antonio Elias Vieira

Durante el reciente mes de septiembre, el Centro Humboldt (CeHu) realizó el XV Encuentro Internacional Humboldt (EnHu) en la ciudad de México. Este hecho representó la primera versión de los EnHu llevada a cabo en el hemisferio norte. Hasta aquí los EnHu habían tenido por sedes a Argentina (once de ellos) y Brasil (los tres restantes). Este simple hecho le daba a la cita mexicana un significado particular. Al cabo de casi dos décadas el Centro Humboldt y sus EnHu hacían un recorrido completo, de sur a norte, por la geografía de América Latina. Pero allí no termina la significatividad de la reunión septembrina mexicana. El lema de esa convocatoria, “Geografía y Crisis”, resumía, como pocos, la historia del desarrollo del Centro Humboldt. Es que en – y desde – sus orígenes, el CeHu ha compartido una particular visión, una peculiar concepción, una definida conciencia de la relación inextricable existente entre geografía y crisis. Y esa conciencia le debe mucho al devenir mexicano de aquel

GEOPOLÍTICA E RELAÇÕES INTERNACIONAIS: as organizações de integração regional na América Latina | Claudete de Castro Silva Vitte

Este trabalho objetiva contribuir no entendimento da agenda de políticas regionais de integração na América Latina. Averiguou-se o discurso, o conteúdo, os problemas e as possibilidades das organizações de integração, os seus principais objetivos, os marcos jurídicos, os avanços e constrangimentos na institucionalização dessas organizações, em especial da ALALC/ALADI, UNASUL e OEA como referências para analisar o processo de integração regional. Assim, privilegiou-se o contexto geopolítico da criação e implementação dessas organizações e alguns de seus conflitos, ressaltando a Política Externa do Brasil e dos EUA como condicionante da integração, questionando se a América do Sul ainda é uma região a ser construída, frente aos percalços das tentativas de integração. Palavras-chave: América Latina; Integração Regional; Geopolítica; Relações Internacionais; Unasul. Abstract   This work aims to contribute to the understanding of the regional policy agenda of integration in Latin America.